
“A Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política… não pode nem deve se colocar no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça. Deve inserir-se nela pela via da argumentação racional e deve despertar as forças espirituais, sem as quais a justiça… não poderá firmar-se nem prosperar” (Papa Bento XVI,Deus caritas est, n. 28).
A Igreja Católica Apostólica Romana como instituição religiosa presente na humanidade tem um papel de suma importância nos debates políticos nos países de regime democráticos.
As orientações da Igreja para os fiéis leigos que estão inseridos na política contribuem eficazmente para a atuação dos mesmos nos espaços políticos como agentes de transformação social que visam o bem comum.
Infelizmente, muitas lideranças religiosas dentro da Igreja não assimilaram essas orientações. Em vez de promover o debate político dentro do espaço religioso-democrático que é a Igreja-Instituição desviam-se de tal missão. Preferem dar "preferencia" a um ou uma pessoa e descarta os demais fiéis que também aspiram a vida pública. Isso pra mim e pelo o que eu entendo de ser Igreja não é Cristianismo.
A Igreja que é MÃE tem o papel de ser facilitadora e orientadora na formação dos seus filhos que estão dispostos a contribuir no mundo político.
Quando há opção definida por tal candidato (a) a Igreja foge do seu papel de democrática e passa ser autocrática. Isso é perigoso! Isso não é Igreja! Isso não é Cristianismo!
Embora não tenha nenhum partido político nem faça campanha partidária, a Igreja pode e deve orientar os seus fiéis sobre a importância de seu voto consciente. (Dom Fernando Rifan).
As recomendações da Igreja que ilumina a ação dos fiéis leigos no campo político partidário é bastante claro. Cabe aos fieis observarem tais instruções. Somos livres para obedecer a Igreja ou ser contra a ela. A Igreja não é um partido político, e nunca foi. Não devemos misturar as coisas. Se não jamais entenderemos que a missão da Igreja é promover o bem comum e não o bem próprio.
Edjane Paiva
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